sábado, 19 de fevereiro de 2011

O pão na palavra


Uma senhora estava molhando o jardim de sua casa quando foi interpelada por um garotinho de 9 anos, que lhe disse:
- Dona, tem pão velho?
- Se está com fome, posso dar um jeito. Onde você mora? – perguntou a senhora.
- Depois do zoológico – respondeu o menino.
- Bem longe daqui, hein? Você está na escola? – quis saber ela.
- Não – disse ele. – Minha mãe não tem dinheiro para comprar material!
- E seu pai, mora com vocês?
- Já faz tempo que ele sumiu! – falou o garotinho de olhar triste.
A mulher, então, sentou-se no banco do jardim e disse-lhe:
- Antes do pão, quero que você me conte um pouco de sua vida, de seus irmãos...
E o papo prosseguiu.
A bondosa senhora jogou água nos pés do menino, deu-lhe uma toalha para se enxugar e ficou alguns minutos ao seu lado, dialogando. Depois, disse-lhe sorrindo:
- Vou buscar alimento. Serve pão novo?
- Não precisa, não. A senhora já conversou bastante comigo, isso é suficiente. Vou andando e volto amanhã. A que horas a senhora estará aguando estas plantas novamente?
Pois é, que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor, não? Por acaso, você já ouviu isto de alguém: ‘Não preciso de mais nada hoje; já conversou bastante comigo, isso é suficiente!’?
Há quanto tempo você sabe que os pobres ganham muitos ‘pães velhos’? Apenas o ‘pão de amor’ não fica velho, porque ele é fabricado no coração de quem acredita Naquele que disse: "Eu sou o Pão da Vida!"

NOTA: Se você tem algum amigo que mereça ouvir isso de você, alguém que faz diferença na sua história, ao invés de você dizer que gostava, diga que gosta. Vamos mudar o verbo! Vamos amar a vida! Vamos amar as pessoas antes que elas vão embora!
Paulo Roberto Lebegaline é escritor católico, Prof. Doutor da Universidade Federal de Itajubá- MG. Pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da UNIFEI.

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