Gazeta de Notícias - Inaugurada em 23 de fevereiro de 2012, a Ceasa Cariri completou
este mês dois anos de funcionamento. A data foi comemorada com boas notícias,
no último mês de janeiro, o entreposto registrou um aumento de 40% na
comercialização de hortigranjeiros se comparado ao mesmo mês do ano de 2013.
Segundo dados da gerência técnica da Ceasa Cariri, em janeiro do ano passado
foram comercializadas 2.767 mil toneladas enquanto que em janeiro deste ano
chegou a 3.868 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 1.100 toneladas.
Os índices de crescimento
na comercialização dos produtos passaram a ser ampliados após uma decisão do
Ministério Público do Ceará (MPCE), através da Procuradoria Geral de Justiça,
que firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).O documento determina que
os comerciantes que vendem hortigranjeiros no atacado e abastecem os
permissionários do Mercado do Pirajá, localizado em Juazeiro do Norte, só podem
realizar as vendas na própria Ceasa Cariri.
O levantamento também
aponta acréscimo na movimentação de caminhões que passaram a trafegar pela
Ceasa Cariri.Conforme o estudo, em dezembro de 2014 deram entrada no entreposto
490 caminhões. Já em janeiro, cerca de 940 veículos foram estacionados no
local. O aumento é de 92%.
Abastecimento
O primeiro mês de 2014
também registrou abastecimento à 37 municípios através do entreposto. Deste
total, 34 municípios pertencem ao Ceará, dois são do Piauí (Fronteiras e Picos)
e um está localizado em Pernambuco (Cedro). "Os frequentadores do entreposto
sentem no dia a dia o conforto, segurança, higiene e qualidade dos produtos que
são comercializados, viabilizando, oportunizando e desenvolvendo o setor de
hortigranjeiros", frisa o gerente técnico da Ceasa Cariri, Hamilton Lira.
Segundo ele, a expectativa
para os próximos meses é de mais crescimento, pois o entreposto ainda possui
áreas abertas à ocupação, que estão em licitação. O processo licitatório está
tramitando e o edital deve ser publicado ainda este semestre.
De acordo com o diretor
técnico da Ceasa Ceará, César Nogueira, o local possui 360 módulos, 50 boxes,
15 lojas e três lanchonetes e um estacionamento com vagas para mais de 200
veículos. Parte do espaço é destinado à agricultura familiar. Dos 360 módulos,
84 são destinados ao Pronaf. Dos 50 boxes, apenas sete não foram ocupados e,
das 15 lojas, cinco estão desocupadas. Ainda há uma área de 52m² destinada para
uma lanchonete.
A expectativa, segundo
Nogueira, é de que este ano, a Ceasa Cariri esteja plenamente ocupada. "A
licitação será aberta para comerciantes de todo o Brasil. Esperamos acelerar a
comercialização. Acreditamos que, com o crescimento da região e a chegada de
diversas redes de supermercados, shoppings, hotéis entre outros investimentos,
a Ceasa Cariri consiga se desenvolver ainda mais, inclusive esperando uma
mudança na produção hortícula da Região do Cariri, objetivando um melhor
abastecimento local", ressalta.
A decisão do MPCE em
firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) também é avaliado positivamente
por Nogueira. Conforme ele, a decisão, aliada as ações desenvolvidas pela
própria Central de Abastecimento, favorece não apenas o funcionamento do
entreposto, mas garante, ainda, melhores condições de preços e produtos aos
comerciantes que atuam no varejo e economia aos consumidores na hora de
adquirirem os produtos.
"Essa ação impede que
haja a presença do atravessador e garante, também, uma maior economia ao bolso
do próprio consumidor final. Toda a cadeia passa a ser beneficiada a partir do
abastecimento dos comerciantes varejistas no entreposto do Cariri".
O TAC ainda estabelece que
os produtos que forem comercializados em bancas fora do Mercado do Pirajá,
acomodados sobre o solo, lonas ou em outras formas de suporte, serão
apreendidos. Segundo a determinação, a SR Empreendimentos, na condição de
concessionária de todos os mercados municipais de Juazeiro do Norte, fica
responsável pela regularização dos vendedores varejistas de hortigranjeiros que
comercializam informalmente fora das dependências do Mercado, nas ruas do seu
entorno, a fim de que possam ser alojados dentro do mesmo mercado ou em outro a
ser construído ou reformado.
Já a Prefeitura Municipal,
em parceria com o Departamento Municipal de Trânsito, a Secretaria Municipal de
Saúde e a Polícia Militar, atua nas ruas no entorno do mercado Pirajá,
viabilizando os serviços de fiscalização, campanhas educativas, além da
manutenção da ordem e da segurança, prevenindo e reprimindo condutas que são
consideradas crimes. A determinação do Ministério Público Estadual começou a
vigorar no início de janeiro deste ano.
Fonte: Site do Governo do Estado