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Ex-monsenhor Raimundo Gomes, 57, não resistiu às complicações do AVC. Ele foi condenado em 2011, por pedofilia em Arapiraca, a 16 anos de prisão. Morreu na tarde desta quarta-feira (26), em um hospital particular de Maceió, em decorrência de complicações provocadas por um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o ex-monsenhor Raimundo Gomes do Nascimento, 57. Ele é um dos religiosos que foram condenados pelo crime de pedofilia contra coroinhas, escândalo sexual que ganhou repercussão nos anos de 2010 e 2011 em Arapiraca, município do Agreste alagoano.
Em nota de falecimento, publicada na página da Diocese de Penedo, foi informado que o religioso estava internado desde o dia 8 de março após um AVC, e faleceu por volta das 15h desta quarta. O velório do religioso, que havia sido condenado a 16 anos de prisão, acontecerá na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Arapiraca, e a Missa de corpo presente celebrada na tarde do dia 27 de março, com sepultamento previsto para as 15h no Cemitério Pio XII, em Arapiraca.
Entenda o caso
Em 19 de dezembro de 2011, o juiz João Luiz de Azevedo Lessa, titular da Vara da Infância e da Juventude de Arapiraca, condenou os religiosos Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edílson Duarte pelo crime de abuso sexual infantojuvenil. Além da pena de prisão, o monsenhor Luiz Marques, que, à época, tinha 83 anos, também foi sentenciado a pagar uma multa de 30 vezes um salário mínimo.
Os sacerdotes são réus no processo que apurou delitos de atentado violento ao pudor contra os ex-coroinhas Fabiano Silva Ferreira, Cícero Flávio Vieira Barbosa e Anderson Farias Silva, conforme denúncia apresentada em março de 2010 pelo Ministério Público Estadual de Alagoas.
O escândalo se tornou público após a divulgação de um vídeo onde o monsenhor Luiz Marques Barbosa aparece mantendo relações sexuais com um jovem de 19 anos. A gravação foi realizada em janeiro de 2009 por outro jovem que também teria sofrido abusos, segundo as denúncias. À Justiça, os rapazes contaram que eram abusados desde os 12 anos, quando entraram para a Igreja Católica. Eles afirmaram que foram alvo do assédio sexual do monsenhor.
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